O som do silêncio incomoda aquela paz.
Destruindo a tranquilidade inerte,
E, o que um dia foi questão, hoje, é fato,
Constante, incontrolável, atordoante,
Deliciosamente satisfatório e gritante!
O silêncio continua incômodo.
Lembra a sua falta, lembra a distância.
Minutos passam percebidos e vagarosos
A espera para falar, ouvir, gemer,
Ter e estar com você.
Sua lembrança grita na memória.
Cada pensamento um gesto,
Cada respiração uma lembrança...é frenético, palpável.
O cheiro, não o perfume, O CHEIRO, inconfundível,
Apetitoso, carrega o desejo e trás um vício.
A mesma boca que beija é a que chama, provoca,
Instiga os mais primitivos sentidos.
Tato, em suas mãos, seu corpo.
Olfato, seu cheiro, sua essência de mulher.
Paladar, seu gosto, sua boca, sua pele.
Visão, seu olhar, desejado, descontrolado, primitivo.
Sentidos sentidos, percebidos, vividos, ávidos.
Um surto explosivo de ações e reações,
Sentindo sem saber e sabendo sem sentir.