sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Sobriedade ilusória

E quando você deita, sou eu...
Sou eu nos seus pensamentos habitando.
Os suspiros, hoje mortos, não saciam as vontades;
Os beijos, desertos de paixão, secam o orvalho do amanhecer.
Sorrisos diversos, rotineiros e dispersos, nada satisfatórios ou plenos.
Calado grito...Urro aos sete ventos, quase explodindo,
Na esperança que chegue até você meu clamor desesperado,
Esse "quase" pranto desvairado.
Rezando para Ades fazer disso tudo uma guerra,
Me mantenho ao lado de Zeus, finjo querer a paz!
Você, Afrodite (!), Deusa da minha dor, dona unica do Amor.
Corrompido pela visão do paraíso, entre céus,
Viajo pelo passado, ainda meio conturbado pelo presente,
Buscando a felicidade que um dia foi real e não um simples ideal!
Não mais a mesma menina, tampouco uma estranha nova mulher;
Apenas e tão somente fruto da minha ilusão (ou não),
Idéia sem propósito; Imagem mística ou santificada da perfeição indolor.
A sombra de um menino que eu fui, o desejo de um homem que eu não sou...
Em meio ao caos sou o lampejo de lucidez afetiva.
É estranho admitir ser sórdido mas o desabafo por meio dos sonhos me parece meio mórbido.
Tive um dia esse sonho infeliz, desconexo...
Hoje não é mais o sonho, e sim a realidade, que não condiz.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Setembro "eMfim"

Neste mês eu não escrevi nada de útil
Não postei nada por aqui
Não que esse mês não tenha sido bom.
Mas eu bem que queria esquecer boa parte dele!
Com alguns dentes a menos, algumas experiências a mais,
Umas memórias bacanas e outras queixas (algumas banais!),
Esse mês se foi e eu agradeço hoje por ele chegar ao fim!
Valeu Setembro de 2010!
Ainda bem que você não voltará nunca!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Empate

O tempo passa

Devagar,

S e  a r r a s t a n d o . . .
Contínuo e inconstante se esvai,
Sumindo e consumindo.
A espera, cada vez mais, aflige;
Transforma o relógio em inimigo.

Em compassos desregrados um coração espera...
Espera se perder no calor de um "EU TE AMO!";
Se encontrar em um olhar;
Morrer em um "ADEUS!".

Saber as respostas não é prioritário,
As questões podem ser esquecidas e dar espaço ao silêncio.
Serpenteando pelo corpo, uma sensação de plenitude,
Que assusta, faz, estranhamente, bem.

Os protestos, involuntários, do coração, acabaram com as "corretas" certezas da mente.
Guerreiro de contos, saiu pelo mundo;
Lutou com relógios e caminhos de pedra;
Venceu batalhas épicas e sofreu...
Sofreu muito mas não deixou de bater.
Curado e pronto para novas aventuras o coração se armou,
Em vão...
Foi conquistado!
Hoje não é dono de si e, mesmo assim,
É mais feliz do que nunca imaginou ser!
Pulsa no peito esse coração feliz,
Urra de alegria por estar perdido no sorriso mais lindo e por se encontrar no olhar mais sincero.
No jogo da conquista ele preferiu empatar,
Sua melhor escolha.

sábado, 7 de agosto de 2010

Fim de fábula

E tudo que um dia eu te disse era real, 
Você só precisava acreditar;
Sua falta de fé e meus dizeres improváveis nos trouxeram até aqui; 
Aproveite a ternura do silêncio e o carisma do tédio.
Descobrimos juntos a beleza da dor;
A força sobrehumana dos insultos;
O mais puro perfume do desprezo.
Sejamos, portanto (e finalmente), felizes!
Sem as torturas e putrefações do calor fantasioso,
Editando o teatro e a mitologia.
Agora, apenas, simplórios,
Pacatos cordeiros da massa sem brilho;
Sejamos comuns.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Fração

Primeiro o sorriso,
Penetrante, perturbador e perfeito.
De repente o abraço,
A união de duas forças em busca de um só objetivo
Era o beijo, despretencioso,
A soma de duas vontades necessárias.
O encontro dos lábios disfarçava as pulsações,
Em ritmo desigual o coração saltava.
A gravidade tornára ínfima, detalhe.
Flutuava, com destino, mirando o infinito...
Sirius era guia,
Rumava à Terra do Nunca.
Há muito inanimado, o sentimento, ganhou vida,
Como um brinquedo que vive longe dos olhares.
Com apetite insaciável devorou as idéias,
Invadiu, conquistou e tomou conta da mente.
Estranhamente simples,
Simplesmente delicioso.
Personagens de nossa própria criação.
Entre desenhos e músicas, descobertas;
A cada passo mais certeza.
Falando e vivendo um turbilhão de coincidências.
Explicar o que está acontecendo, não é comum.
Isso tem um só nome seja em qual língua for 

*_ _ _ _

Preencha a lacuna!

domingo, 6 de junho de 2010

Velório da verdade

Fingir que não se sabe ou não saber fingir?
Os laços de entendimento se foram
Junto os desejos marcantes, pungentes.

As cores, agora tão cinzas, penteiam as idéias.
Trazem, em rumores extrovertidos, notícias de Anúbis;
Plagiando alucinações, aceitando as divagações.

São pesados o coração e a pena da verdade.
É esse o túmulo das conjecturas.
Nada mais que ambições e palavras ao vento.

Tolos, ou não, continuam os devaneios sem propósito aparente.
As promessas não passam de promessas e seguimos em frente;
Praticamos o Ilusionismo como religião e bipolarizamos por opção.

sábado, 5 de junho de 2010

Bailarina

Em um lugar, supostamente grandioso,
torna-te imensa por teus atos e dedicação.
Como a música, linda, de puras melodias, flutua, encanta...

O sorriso leve, como uma brisa da manhã,
Inebriando os mais afortunados, os que podem estar ao seu lado.
A esperança de vê-la, flutuando, feliz, é parte agora do meu Ato.

Dança Bailarina! Dança!
Levanta-te em vôos cada vez mais altos!
Faz do teu mundo o mais belo palco.

Vem girando e feliz tornar melancolias em felicidade.
Musa dançante, moça da caixinha de corda.
Torna-te, em momento, mais que realidade.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Insignificado

Desfazendo-me de inutilidades,
Inutilizando meias verdades;
Um complexo de grandeza, um menosprezo à clareza.
Cicatrizes lembram o que foi, um dia, uma dor profunda.
Procurando uma lucidez, nesse Oceano turbulento,
E os demônios, dentro da cabeça, muitos amores revivendo.
Tudo é tão pequeno e ao mesmo tempo tão profundo...
A miscelânia de sentimentos atordoante, inquietante
Provoca, aqui, o que há de mais imundo.
Cigarros e doses alcoólicas fazem sala,
Entorpecendo, enlouquecendo, adoecendo.
Um violão, toca ao fundo, triste.
Minha voz, acompanhando a tristeza, quase não existe.
Percebendo um fim, eu corro,
Corro como menino,
Em busca de uma maioridade,
Procurando algo bom; procurando a felicidade.
Deitado, no chão, imagino um céu estrelado e vôo.
Minhas asas cortadas impedem o sonho e, acordado, caio.
Amanhã será um outro dia...
A manhã chega e junto minha agonia.
Usando artifícios fictícios engano a mim mesmo.
Fingindo buscar a plenitude nessa cidade
Ao mesmo tempo fugindo de todos e da realidade.
Insignificante, sem pudor;
Sou, agora, o signficado de "dor".

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Parafraseando a insensatez


A presença do vazio não faz mal,
A ausência do algo mais é que enlouquece.
Olhar e não perceber nada ao redor.
Parar para pensar e descobrir que o silêncio que ecoa já não faz tanto sentido.
Sentir a brisa do amanhecer e dormir não ajuda mais.
O estado de dormência afetiva acabou, enfim!
É chegado o dia em que a excessão vira regra,
Talvez, no fundo da alma, eu já saiba todas as respostas...
Finalmente liberto?
Realmente incerto...
As indecisões e conclusões não são tão constantes,
Isso não é, de fato, atordoante.
O resto daquela metade foi um conto de fadas
E os erros de um dia surgem à tona...
Errei por ser um Príncipe sem reino;
Erro por ser razão sem saber lidar com a emoção;
Errarei, provavelmente, por nunca me abster disso,
Mas sei que um dia chegará o fim,
O fim da prisão dos sentimentos.
O dia em que vou, claramente, libertar-me de dúvidas e carências
E esquecerei, por um momento, que o fim quem cria não são as personagens mas sim os autores!
Novamente, possuído de inconstância, me escondo
Esperando, talvez, uma salvação
Ou, quem sabe, outra decepção...
Viver é um sofrer constante,
É morrer aos poucos;
E, mesmo certos dessa verdade, nos permitimos fingir não saber.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Boas vindas__14/04/2010__

Quando você chegar, avise!
Avise aos desinformados que nasceu "A estrela".
Grite, em choros afinados, que veio para ficar.
Em um primeiro olhar curioso diga: EU TE CONHEÇO.

Venha... Venha rápido!
Vem você para ser a força de seus pais.
Vem viver e vencer também.
Vem viver e vem ser para todos, o bem.


Para inebriar-nos de alegria, sorria!
Diamante de brilho intenso,
Preenche meu viver de amor puro.
Faz de mim algo além, como um porto seguro.


Se cair, amortecerei, com meu corpo, sua queda;
Se sofrer, sofrerei por e com você todos os dias;
E nesses dias tristes, me farei palhaço
Para seu deleite, para sua alegria.


Nunca deixe de arriscar.
Você é filha. É parte do meu irmão,
Não tema por nosso bem estar.
Você é ilha e eu serei, ao seu redor, sempre, um mar.


Cuidarei de ti sem precisar de agradecimentos.
Ajudarei-te sem necessidade de consentimentos.
Chorarei a cada lágrima de dor.
Estarei sempre por perto, mesmo à distancia,
E você saberá... e sentirá... e entenderá
Isso é Amor!


Para a pequena de chegada recente,


a quem eu chamo de Duda, que sem nenhum esforço deixou uma sala de espera inteira muda!


Te Amo Giovanna!

Seja muito bem vinda às nossas vidas!

domingo, 14 de março de 2010

Aparições e tormentas

Tarde comum,  inócua.
Nada a fazer,
Ninguém para ver.

Da calmaria faz-se a tempestade!
Ela apareceu, inopinadamente,
Girando universos, conturbando constelações.

As palavras, tremulas, fugiam da boca seca,
Os rubores, explícitos na alma, denunciavam na face:
-O tormento está de volta!

Avassalador por natureza,
Destrói sem perceber,
Machuca sem querer, faz rosto à razão...Medo!

Aflito como um garoto em sua brincadeira:
Escondido... espreitando... aguardando, na verdade, ser encontrado.
A felicidade contagia... Nostalgia.

Há, latente, inspiração. Novamente aflição.
Coitado coração!
Pulsa forte, acelerado, medroso, perturbado.

Sem opções diversas,
Sem contraversões dispersas,
Apenas uma incerta prudência.

Um terno de espadas voltados em copas,
A fragilidade vigente incorpora o cerne.
Malditas aparições, sem significado, propósito ou concatenação.

Palavras apenas,
Verdades plenas,
Desabafos de um Mecenas.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher

Necessária como o ar que respiro.
Incontrolável como o mar que admiro.
Cheia de si, ela pode o que quiser.
Controla meus pensamentos, mesmo sem intenção,
Com suas belezas diversas e controversas.
Vaga pelas minhas lembranças,
Suave, delicada,
Ao mesmo tempo feroz.
Momentaneamente LEOA,
Simultaneamente FADA.
Dona da percepção,
Controladora da paixão.
Leva a beleza e a profundidade do olhar onde estiver,
Transforma o marasmo em sarcasmo.
Diverte e confunde,
Com simplicidade, facilidade, felicidade.
Beirando a loucura, se faz compreensível,
Mesmo em seus dias mais delicados impõe-se.
Tem o dom de mudar tudo à sua volta com uma expressão.
Pode controlar o mundo com o coração.
Simples ou complicada.
Flexível ou transtornada.
Metida, gordinha ou magrinha.
Perfeita, clarinha, escurinha, riquinha, pobrezinha,
Sorridente, maléfica, controladora, elétrica...
Seja como for, é essêncial... vital.
Por você, Mulher,
Eu morro,
Eu vivo,
Eu mato,
Eu crio.
Mulher, todos os meus dias lhe pertecem.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Reflexo


Entre turvos aspectos
um específico chama a atenção
Apesar de distante,
Apesar de toda aquela multidão.

Não caminha, flutua.
Se desloca como sombra.
Fixado em meus olhos
Aparece e transparece,

Se faz inócuo, maleável,
Nunca preso, tampouco inerte
Ainda INTOCÁVEL,
Uma imagem que verte.

Tende a desaparecer,
Porém nunca eternamente.
É o seu reflexo em minha Alma
É o meu desatino doente

Minha falta de ar...
Sua falta de tom...
Minha vontade de tocar ao menos sua imagem,
Sua dádiva perfeita, meu dom.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Lógica de merídio

Estranhamente tudo se aquieta,
Evidencia a ferida aberta.
Um tumor espalhado,
O sentimento mal criado.

Em simples atos elucidam-se os fatos:
É o final de uma novela incerta
Clama, não trama, acama!
E a chaga continua aberta

Tresloucado fulgor,
Em mesma intensidade, perdemos o furor.
Agora é mero e fugaz.
Não vimos o desabrochar do lilás.

A conclusão tirada:
Uma quimera desvairada.

Em pleno meio-dia
Algo claramente dizia:

"O erro cria a situação,
Te faz aprender...
Inabdicável é a paixão,
Temerário é o sofrer!"

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A mesma questão

O que será mais difícil?
Acertar na decisão sem me machucar?
Machucar alguém sem me preocupar com a tal decisão?
De nada me vale a ansiedade e as dúvidas.
De nada me valem os pensamentos.
A decisão é complexa e difícil.
Sem saber que rumo tomar sigo perdido,
nao corro nem para um lado nem para o outro,
permaneço no meio estagnado e indeciso.
Me julguem  !
Me desprezem !
Me amem !
Me odeiem !
Ao menos sintam algo por mim.
Arrastando-me pelas paredes
Me forçando a encontrar a melhor decisão não vejo saída,
A não ser, me esconder na reflexão
E ficar sempre nessa mesma questão!
¬¬

Canto

Gritando e dançando num canto qualquer,
Cantando e encantando tudo e todos que ela quiser.
Se vê uma garota e surpreende.
Em letra e melodia NADA nos prende
Esquecendo do mundo a cada passo,
Vivendo intensamente a cada compasso.
Fluindo com as batidas e os sons
Flutua em meio os Normais
Se faz, assim, mais.
Mais presente,
Mais constante,
Mais concreta,
Tudo, exceto discreta.
Seu canto é sua paz.
No canto há felicidade.
Em meio a louca cidade, a tranquilidade,
Inquieta...
Uma verdade nada indireta.
Sem respostas aguardadas,
Apenas sua voz, naquele canto cantada, sussurrada.
Em todo canto seu canto se faz meu encanto!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Não por acaso

A espera da estranha pessoa,
Conhecida por seu jeito notável,
Reconhecida por ser notadamente intocável.
A passos longos, encurta a distância ao teu lado.
O pensamento me transporta até vc e leva minha alma.
É real? É Surreal!

Curioso? Talvez até demais.
Quero saber quem noto,
Apenas descobrir quem você é !
Desejo? Não, FOCO !
Concentrado no incerto, aguardando os cachos, os laços.

Paisagem bela transmite em segundos.
Estranha torna-te nobreza.
Conheço a menina de antes,
Reconheço a de agora.
Com muita vontade, cumplicidade, sinceridade.


Mira o infinito, admirável, quase intocável.
Desejo o inerte da foto, o gosto secreto da esperança.
O toque de algo íntimo do vazio.
Do ato raro de fazer dois um só!
Não por acaso, encontrei você.



*Texto base from Manuka
Viu como ficou diferente Ma?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Sentidos

O som do silêncio incomoda aquela paz.
Destruindo a tranquilidade inerte,
Veio transformar a vertigem em dúvida.
E, o que um dia foi questão, hoje, é fato,
Constante, incontrolável, atordoante,
Deliciosamente satisfatório e gritante!
O silêncio continua incômodo.
Lembra a sua falta, lembra a distância.
Minutos passam percebidos e vagarosos
A espera para falar, ouvir, gemer,
Ter e estar com você.
Sua lembrança grita na memória.
Cada pensamento um gesto,
Cada respiração uma lembrança...é frenético, palpável.
O cheiro, não o perfume, O CHEIRO, inconfundível,
Apetitoso, carrega o desejo e trás um vício.
A mesma boca que beija é a que chama, provoca,
Instiga os mais primitivos sentidos.
Tato, em suas mãos, seu corpo.
Olfato, seu cheiro, sua essência de mulher.
Paladar, seu gosto, sua boca, sua pele.
Visão, seu olhar, desejado, descontrolado, primitivo.
Sentidos sentidos, percebidos, vividos, ávidos.
Um surto explosivo de ações e reações,
Sentindo sem saber e sabendo sem sentir.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Dúvida

Aquela boca...ah, aquela boca!
Completamente estranha a mim.
O olhar penetrante, devastador, dominador...
As pessoas ao redor não fazem parte do cenário,
Coadjuvantes em uma cena de idéias.

"Ela me quer! Eu sei! Eu sei?"
Veio me falar e... Surpresa! Nada do esperado.

A confusão domina os pensamentos,
Tudo é diferente, é difícil, pode ser, até, simples, ou não...

"Preciso encontrá-la".

Sentimentos, nunca antes expostos, enfrentam as ações.
Finalmente, PAIXÃO vencendo a RAZÃO?

Os pensamentos, insanos, visitam a todo instante.
Um pretexto, um vinho, um carinho,
No dia seguinte, sozinho.

Quando finalmente juntos, nus, sob um feixe de luz,
Enlouqueço, enfraqueço...indefeso, EXPOSTO...
Ela, linda! Sua silhueta contornando o absurdo...
Perfeita! Mulher com jeito de menina,
Ali, supostamente, indefesa, entregue.
IGUAIS e DIFERENTES DEMAIS.

Não controlo os atos, cego, meio perdido.
Com a possibilidade de perdê-la, vou embora.
Isso me consome, deixei-a, mesmo sem tê-la.
E a confusão deixa de ser única,
Agora dividimos a mesma questão:
"O QUE ESTÁ ACONTECENDO?"

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vertigem

LOUCURA! A gritaria no quarto vazio faz delirar.
As lembranças voluptuosas, o desejo, apenas um passado presente.
Os olhos, antes em chamas, não vigiam mais seus atos, apenas visam o vazio.
As paredes abraçam, como que para tirar o fôlego, o ar, a suposta paz.
O som da música a meia altura tenta atrair a atenção, em vão.
Nada mais pertence a ninguém, nada mais é real.
O inteiro de um dia, hoje, não é metade do que foi,
A parte boa muito não existe.
As luzes dos carros lá fora, lá embaixo, passando sem perceber a presença,
Os vultos lá dentro, memória, esbarram o tempo todo.
Em sonhos, a vida é feliz, na verdade, ela é quase tátil,
Em meus devaneios a insensatez se faz tão própria !