sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Empate

O tempo passa

Devagar,

S e  a r r a s t a n d o . . .
Contínuo e inconstante se esvai,
Sumindo e consumindo.
A espera, cada vez mais, aflige;
Transforma o relógio em inimigo.

Em compassos desregrados um coração espera...
Espera se perder no calor de um "EU TE AMO!";
Se encontrar em um olhar;
Morrer em um "ADEUS!".

Saber as respostas não é prioritário,
As questões podem ser esquecidas e dar espaço ao silêncio.
Serpenteando pelo corpo, uma sensação de plenitude,
Que assusta, faz, estranhamente, bem.

Os protestos, involuntários, do coração, acabaram com as "corretas" certezas da mente.
Guerreiro de contos, saiu pelo mundo;
Lutou com relógios e caminhos de pedra;
Venceu batalhas épicas e sofreu...
Sofreu muito mas não deixou de bater.
Curado e pronto para novas aventuras o coração se armou,
Em vão...
Foi conquistado!
Hoje não é dono de si e, mesmo assim,
É mais feliz do que nunca imaginou ser!
Pulsa no peito esse coração feliz,
Urra de alegria por estar perdido no sorriso mais lindo e por se encontrar no olhar mais sincero.
No jogo da conquista ele preferiu empatar,
Sua melhor escolha.

sábado, 7 de agosto de 2010

Fim de fábula

E tudo que um dia eu te disse era real, 
Você só precisava acreditar;
Sua falta de fé e meus dizeres improváveis nos trouxeram até aqui; 
Aproveite a ternura do silêncio e o carisma do tédio.
Descobrimos juntos a beleza da dor;
A força sobrehumana dos insultos;
O mais puro perfume do desprezo.
Sejamos, portanto (e finalmente), felizes!
Sem as torturas e putrefações do calor fantasioso,
Editando o teatro e a mitologia.
Agora, apenas, simplórios,
Pacatos cordeiros da massa sem brilho;
Sejamos comuns.