segunda-feira, 30 de maio de 2011

Volver

Eu tive um sonho. Sonhei que minha visão era extraordinária, ia além do perceptível, além do comum. Vislumbrei a verdade, vaidade, desejos e aflições. Enxerguei a pureza dos sentimentos em sua fina linha de realidade, quando eles surgem e não há tempo para camuflá-los. Satisfeito, então, acordei, em um mundo real que de real só tinha o modo de ser chamado. A normalidade e banalização de tudo o que existe me fez querer cegar. A tristeza dominando todas as possibilidades de reação daqueles que querem, apenas, a felicidade, e ela, cada vez mais e mais afundada no abismo profundo das lembranças. Quero voltar a sonhar!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Inquietude temporal

Ao meu modo, vejo as coisas acontecendo,
D e v a g a r... sem desespero.
O tempo não está no mesmo ritmo que eu.
Agitado, ele passa e vislumbro a desordem.
Arrastando multidões em sua loucura;
Priorizando insensatez à tranquilidade.
Chega devastador,
Cobrando,
Arfando,
Querendo sempre mais...
Vem dizendo,
Berrando,
Arrastando...Matando!
Quem cede ao tempo morre depressa.
Prefiro manter-me ausente,
Alheio,
Prefiro deixar essa preocupação para o relógio!